EdsonMarques.com

22.9.11

Sou apenas um poeta.
Delírios, sonhos, utopias... Quem ama a Liberdade tem direito a tudo isso!

Para mim, todo momento é uma oportunidade — de criar, de sonhar, de inventar alguma coisa. De ter uma ideia, de dar um abraço, ou de fazer amor. De tomar um vinho, ou de tomar um sol. Para mim, toda ocasião é uma chance única de viver a vida. Toda ocasião é uma festa. Desperdiçá-la seria um pecado. Aliás, como dizia meu bisavô, o único crime que não tem perdão é desperdiçar a vida.

Mas eu me equilibro nesse ofício de ser muitos, de andar numa corda, saltar numa linha e correr pelos versos de mim. Eu me equilibro nesse instante em que o eterno se desfaz. Nesse inexato momento em que o poeta que sou agora dança. Pois o meu destino é viver na arena, dançando entre os leões famintos. É um perigo, eu sei. Porém, nos intervalos das lutas, sorrindo, tomo sempre vinho rouge no gargalo colorido das garrafas de cristal. Talvez um dia eu acabe até morrendo na arena, quem sabe. Acontece que, antes de "morrer" na arena, eu VIVO na arena — e isso faz toda a diferença. Prefiro ser um gladiador ensangüentado a ser um boi feliz. Meu coração precisa de sangue, não de capim.


PORTANTO, OLHE PARA OS LADOS

Agora mesmo, onde você estiver, olhe para os lados. Observe o ambiente em seus mínimos detalhes. Apure a sensibilidade, ajuste a consciência, abra seu coração, respire fundo, olhe para os lados outra vez, e responda-me, sinceramente: — As pessoas com as quais você hoje convive são amorosas, compreensivas, inteligentes, excitantes, audaciosas, livres, saudáveis, brilhantes, honestas, sensíveis, delicadas, independentes, e cheias de entusiasmo pela vida?
— São?!
Porque, se assim não forem, responda-me: O que é que você continua fazendo aí?


MUDE, MAS COMECE DEVAGAR, PORQUE A DIREÇÃO É MAIS IMPORTANTE QUE A VELOCIDADE.


Tem gente que pensa que essa minha frase é de Clarice Lispector. Chegam a pintá-la em paredes.. De minha parte, tudo bem. Fico até lisonjeado em escrever um poema de relativo sucesso que pode ser atribuído à maior escritora do Brasil. Aliás, cada um a seu modo, somos existencialistas, eu e Clarice. Falamos do Nada que contém tudo, e do vazio que nos preenche. E nada tenho contra ela. Só não consigo compreender como é que seu filho, o sr. Paulo Gurgel Valente, teve a coragem de vender o MEU poema, por 40.000 dólares, para a Fiat fazer o comercial de TV. E esse Sr., depois de quase dez anos, ainda se recusa a tocar publicamente no assunto. Terei de levá-lo, de novo, à barra dos Tribunais. /// Click na foto à esquerda e veja detalhes desse crime cometido pelo principal herdeiro de Clarice Lispector.


TODA MINHA LUTA É UMA DANÇA EM DEFESA DA VIDA

Quando a questão é a defesa da vida, eu sou radical: Não abro mão daquilo que me é fundamental: o corpo, a alma, a liberdade, o amor. Por isso, eliminei da minha vida, radicalmente, tudo que maltrata, tudo que amedronta, censura, inibe, separa, impede, cerceia, corta, machuca, sufoca. Eliminei da minha vida tudo que é ciumento, possessivo, autoritário, mesquinho, rasteiro. Exatamente por isso é que minha Vida flui — deliciosa.

A propósito, eu acho interessante que você faça uma faxina nas tuas relações.


Eu defendo a liberdade absoluta — mas também a relativa. Prefiro a liberdade inteira e toda, mas se vier em pedacinhos, também os amo, beijo, abraço, bebo, lambo, como, acaricio. Não desperdiço nem um tiquinho...


PONTOS DE VISTA

Quero antes te fazer umas três ou quatro perguntas, cujas respostas podem me dizer quem você é: Especialmente em questões subjetivas — tais como amor e religião — quando você não concorda com determinadas concepções, também considera que a razão pode estar do outro lado? Em certas discussões você tem abertura intelectual suficiente para eventualmente considerar que o ponto de vista contrário ao teu pode estar até mais próximo da verdade? Você já não defendeu valores, ideias e proposições que depois envelheceram, desesperadamente? Você já não teve tantas certezas absolutas que mais tarde foram fulminadas pelo tempo, pela experiência e pelo estudo? Sobre certos assuntos, você já não mudou de ideia muitas e muitas vezes? Será que agora nunca mais vai mudar? Será que você já chegou a todas as conclusões possíveis?

É. Quando você me conhecer um pouco mais verá que sou mesmo um fazedor de perguntas... Eu gosto de questionar, principalmente as verdades estabelecidas.


Eu devo a minha vida à Ciência e não à Fé. Se algum dia eu ficar doente, procurarei um médico, não um curandeiro. Daqui a pouco eu volto aqui para continuar este assunto.


SEM FILOSOFIA NÃO SE FAZ CIÊNCIA

Tudo que existe — existe duas vezes: primeiro, na cabeça do criador. Toda mudança tem que antes ser sonhada. A realidade só se transforma de verdade, na prática, depois que transformou-se em teoria. Primeiro no cérebro — depois, no mundo. Sem sonho, sem loucura inteligente, nada se produz. Nada de concreto se produz. Nem sorvete, nem avião, computador, arranha-céu. Os inventores são todos visionários. Einstein, Jesus Cristo, Picasso, Galileu e Niemeyer: um bando de malucos. Se dependesse dos normais, ainda andaríamos de carroça. Talvez nem de carroça, pois a roda foi criada por um louco. Sem fantasia e liberdade não se encanta o cotidiano. A imaginação descontrolada é que dá cor e vida ao mundo. Por isso é que a Loucura é necessária, desejada — e tão temida.



Estou revisando os dois últimos capítulos do meu livro Teoria do Acaso e me deparo com certos fatos ali narrados que ainda me emocionam demais. Nesse livro eu conto os detalhes de como conheci alguns dos meus amores, como foi que as circunstâncias me abraçaram, e como também por mim foram elas abraçadas. Como foi que meu pai se apaixonou por minha mãe. Como foi que Nietzsche conheceu Lou Salomé, como Dali se apaixonou por Gala, como foi que Sócrates encontrou Xantipa. Minha tese é que o acaso determina cada uma dessas coisas. Tudo que acontece na vida da gente é obra do acaso. Se Cristóvão Colombo fosse apenas um contador, não estaríamos aqui, agora, conversando. Cristóvão teve que ser louco para empreender aquela viagem. Eu fico elocubrando, divagando, escrevendo, dançando nas teorias e nos amores. Mas, ao escrever sobre a doce Suzana, acabo me lembrando da década de 1990, quando eu morava na Alameda Barros, em SP, e às vezes chegava em casa à noite e encontrava uma festa. Alguém me abria a porta e até me perguntava quem eu era... rs! Eu costumava deixar uma chave do apartamento na portaria, e autorização para que toda mulher — consideradas algumas premissas, mesmo que os porteiros nem a conhecessem — pudesse pegar a chave e subir. Quantas mulheres fossem. E que se sentissem elas totalmente à vontade. Que bebessem do meu vinho e comessem do meu pão. Algumas eram amigas, e outras, totalmente desconhecidas. As surpresas que eu tinha por causa disso sempre foram maravilhosas. Conto algumas dessas surpresas, dezenas, nesse livro acima citado. Era assim a minha vida. E nesses quase quinze anos que se passaram não mudou quase nada — exceto duas ou três relações meio fechadas que me levaram a diminuir muito a freqüência das festas. Mas voltarei logo mais a deixar minha chave na portaria de novo — com as mesmas recomendações. Para que tudo se repita outra vez, de modo ampliado, mais intenso, e mais gostoso.

Naquele mundo maravilhoso, quase mitológico, o "centro de gravidade" era Eu — e Eu saltava dentro de mim mesmo, para um outro Eu ainda mais profundo e mais central. Eu era um sol iluminando estrelas cadentes. Eu lhes dava luz e amor, em troca de mais luz e mais amor. Eu me tornava cada vez mais absoluto, e elas viravam estrelas ascendentes, bailarinas, quase sempre. Felizes aquelas que gravitavam em meu redor, diziam elas. Em verdade, aos pares nos tornávamos estrelas binárias — ainda que por vezes santíssimas trindades ocorressem. Tudo era fora do normal. À época, eu pensava que certas coisas que vivíamos eu só as contaria vinte anos depois da minha morte. Hoje eu já considero a possibilidade de contá-las vinte anos antes. Daqui uns quarenta, portanto.



NÃO VENHO TE PROPOR SOSSEGO

Eu tenho coisas pra te contar. Descobertas que já fiz. Segredos que revelei — e outros que escondi. É por isso que eu insisto em semear um pouco de Sócrates a granel nas areias do teu cotidiano. Semear alguma coisa nova na clausura emocional que te protege. Quebrar as prateleiras corroídas dos teus paradigmas mais sólidos, e espicaçar o miolo seco dos teus queridos padrões inconsequentes.

Não é fácil.

Mas não se preocupe demais comigo, porque não trago nenhuma resposta pronta que se imponha de repente ao teu sossego inexplicável. Só te faço perguntas. Indiscretas, às vezes, mas sempre originais, malucas, ins-pirantes. O que eu quero mesmo é mexer na tua cabeça, por fora e por dentro. Quero te mostrar a importância do agora. Eu quero, respeitosamente, desrespeitar esses teus medos insensatos. Enfrentar teus mais amados preconceitos. Quero fazer um cafuné delicioso nos teus neurônios enrolados. E depois de tudo isso passar um pente fino nos caracóis da coisa pronta.

Ainda quero te ver livre, meu Amor.



Mas eu não nasci para satisfazer as expectativas de ninguém — nem mesmo as minhas, que aliás nem tenho. No fundo, eu só quero mesmo é provocar intelectualmente as pessoas criativas, como suponho você seja. Eu quero questionar tudo. Quero questionar os teus padrões, tuas verdades e medidas, teus olhares e desejos, teus anseios, despedidas. Esmagar tuas convicções, assim como esmago as próprias minhas. Mas não pense que eu quero muita coisa, não: eu só quero é fazer o sol nascer brilhante no meu peito todo dia, e abraçar a metade do infinito quando me deito na praia em noites de luar escandaloso. Quero escrever poesias, falar de amor e liberdade, saltar profundo — e gozar a vida. Quero balançar a cabeça de quem me lê, delicadamente, de dentro para fora. Esparramar minhas loucuras no coração dos meus amigos e dos meus amores. Repartir com todos a poesia do meu entusiasmo e dos meus delírios. Só isso.



Meu trabalho é escrever apenas, e contar histórias para mudar o mundo. Arriscar a Vida em teu nome e fazer loucuras por mim também. Dançar profundo à beira do abismo, e tecer a sorte como se aranha. Porque, felizmente, há dois amantes loucos morando em mim: um é poeta, e o outro, filósofo. O filósofo compreende tudo porque reflete muito por sobre o pouco que o outro pensa. E acaba vendo mais longe no espelho das coisas porque sobe numa escada chamada Razão. E isso é bom. Mas o poeta, esse não compreende nada — porque não precisa de coisa alguma. Nem pensa em pensar profundo: só dança com seus amores. Não vê mais longe, nem vê mais nada. Mas sua escada se chama Poesia. E isso é belo.



Eu respeito sempre os meus amores. Assim mesmo: no plural. Tenho muitos. Sempre os tive. Mas, quando eu digo "respeitar os meus amores", às vezes refiro-me às pessoas que eu amo, outras vezes às coisas que eu sinto. Portanto, respeitar os amores tanto pode significar respeitar as vontades (desejos, critérios, preconceitos) de pessoas que eu amo (e que suponho me amem), quanto seguir livremente as paixões (desejos, critérios, loucuras) que eu trago no meu próprio peito. Dito de outra forma, e preferencialmente: respeitar os meus amores é seguir meu coração.





SAGRADA MALÍCIA

Sou tão bonzinho, que às vezes chego a mentir que não sou tanto, apenas para não sufocar o outro com excesso de bondade. Tão alegre, tão feliz, que às vezes dissimulo, para que o outro não suponha que sou privilegiado. Para que ele nem perceba que toda a felicidade do mundo pousou em mim, e habita meu coração como uma deusa deslumbrada. Tão puro, que sou obrigado a comprar todo dia no mercado secundário dos amores menores uns dois pacotinhos de malícia profana, só para ficar um pouquinho mais safado. Sou tão inocente, mas tão inocente, que quase ninguém acredita.

Às vezes, nem eu mesmo consigo acreditar.



SÓ SEI QUE NADA SEI

Estudei Filosofia na USP. Fui aluno de Marilena Chauí, Oswaldo Porchat, Franklin Leopoldo e Silva, Ricardo Mário Gonçalves, etc. — dos quais recebi influências lógicas fundamentais. Quis ser jornalista pela ECA, mas parei na metade. Estudei Direito também na USP (Largo São Francisco), onde meu maior Mestre era Gofredo Silva Telles. Abandonei a faculdade de Direito no sexto semestre para tornar-me fotógrafo profissional. Ainda estudei Economia, por dois anos, o que me ajudou a entender um pouco mais a vida. Sou sócio-fundador da Ordem Nacional dos Escritores, onde ocupo a cadeira número seis, cujo patrono é Graciliano Ramos. Fui diretor de comunicações do Clube de Poesia de SP na gestão Ives Gandra Silva Martins.
Hoje, nas horas vagas, viro um construtor de pirâmides. Além de escritor, sou empresário romântico na área de Construção Civil, onde pude constatar que a Classe Operária jamais irá para o Paraíso. Mas isso tudo não tem a mínima importância, nem pra mim, nem pra você. Só tem uma coisa muito boa que eu quero te contar: em fevereiro de 2012 pretendo abrir, talvez aqui no Guarujá, uma deliciosa filial histórica dos Jardins de Epicuro — que será um Centro de meditação, dança, discussões filosóficas e demais porraloquices do gênero. Eu te convidarei.



É impossível ser feliz sem liberdade.


Por isso o que eu hoje prego é um delicioso convite à transformação pessoal; é uma busca infatigável por algo que é fundamental à dignidade da vida humana: a própria liberdade. O que proponho vai no sentido de uma ruptura com esse marasmo em que nossa vida quase se transforma. Uma violenta, radical e doce ruptura com essas normas injustas, e com tudo o que de alguma forma nos oprime. O que eu prego não é uma provocação: é um desafio emocionante: é a possibilidade aberta de uma escolha consciente do próprio caminho da vida. Nada mais. Nada menos.


Sou amigo de todas as minhas ex-namoradas. Especialmente Joyce Ann.


Sou a favor do amor livre, mesmo porque seria burrice defender o amor preso. Amante dos Beatles e dos Rolling Stones, gosto de Zé Ramalho a Beethoven. Geralmente moro sozinho, mas adoro jantar com meus amigos e meus amores. Só não janto com inimigos. E não tenho medo, não tenho ciúmes, não tenho pressa.
Sempre me afasto das pessoas perigosamente normais. E penso que só quem salta inteiro no belo escuro azul profundo da vida é que pode viver e brilhar de verdade.



No começo eu era um marxistazinho empedernido. Aos doze anos, já queria salvar a classe operária, mal sabendo que classe que não tem classe não se salva. Se afunda... Eu li o Livro Vermelho, de Mao Tsé-tung. Li "O Capital" inteiro, rabiscando página por página, e escrevi uma tese sobre Lênin. Tive que apoiar até mesmo o realismo socialista que chegava de Moscou. Virei comunista, fui preso pela ditadura militar, sofri censura, invadiram minha casa — e eu achava tudo isso uma delícia. Mas, como todo bom comunista, achava o grande Freud dispensável, e considerava a psicanálise apenas uma "técnica de manipulação pequeno-burguesa". Mas eis que o Acaso na esquina da vida em forma de vaso caiu-me por sobre. E o meu grande amigo Gaiarsa me virou a cabeça. Apaixonei-me por ele e pelas coisas que dizia. Coisas óbvias, mas que eu nem percebia.

Mudei.

Conheci Moreno e Reich. Deitei-me com Jung e Cioran. E depois fui jogado nos braços abertos de Osho ao lado de uma cachoeira escandalosa em São Francisco. Desabei-me sobre mim num delicioso balaio de flores e estrelas. Vi ruírem, uma a uma, todas as minhas estruturas intelectuais. Vi que a seriedade era risível. Agarrei-me ao Livro Orange. Destruí as minhas convicções. Rasguei minhas gravatas, desfiz os meus laços, descasei-me em baciada. E aquilo que sempre desprezei passou a ser fundamental, de uma hora para outra. Nietzsche, de quem eu mantinha enorme distância política, passou a ser meu sócio delirante nas loucuras mais gostosas. Comecei a dançar a vida com Roger Garaudy. Tirei a máscara e mostrei meu rosto. Existenciei-me. Transei com Sartre, e beijei Henry Miller na boca. Meu Deus! Acordei para sempre. E o próprio tempo passou a ser meu. Enfim, assumi o comando do meu destino. E agora estou aqui... te olhando nos olhos e pensando loucuras. Pensando em te convidar para saltar comigo. Para saltar profundo como eu saltei.




Sei que tenho contradições — porém são todas não antagônicas. Como filósofo, desde a minha doce adolescência, sempre fui ateu, mas hoje Deus me adora tanto, que passamos a ser amigos. E Jesus é um dos meus heróis. Ambos me abençoam, certamente, pois nunca fico doente: há dezoito anos que não tomo nenhum remédio, exceto vinho. Não tenho dor de cabeça, nem de barriga, nem de garganta. Não tenho dor alguma. Não tomo sequer aspirinas. Deixei de ser comunista, mas continuo achando que o Capitalismo não é o Fim da História. Gosto de Fidel Castro e até de Hugo Chávez, assim como gosto de Beethoven e Velazques. Nunca briguei com minha mãe – nem ela comigo. Houve tempos em que fui primogênito; hoje sou filho único. Há cerca de vinte anos que não perco a calma: tenho completo domínio dos meus estados de espírito. Embora tenha casado cinco ou seis vezes, com seis ou sete mulheres encantadoras, meu estado civil ainda é o original. Mas, é bom deixar bem claro: antes de morrer solteiro, eu vou VIVER solteiro.

Geograficamente, nasci em Itararé, e já vivi e ainda vivo em vários lugares: São Paulo, Guarujá, São Vicente e São Francisco. Mas se me perguntam onde moro, sempre respondo: Eu moro em Mim.



Dentre as minhas muitas frases, eis algumas:

Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as!
O auge de uma paixão está sempre no começo dela.
Sempre danço conforme a música. Mas, antes, escrevo a partitura.
Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
Os saudáveis enlouquecem. Os outros ficam por aí, parecendo normais.
É um desperdício imperdoável ter um grande coração — e deixar nele um único amor.
Sempre que nos afastamos do caminho da verdade acabamos violando nosso direito de ter sorte.
Eu não nasci para satisfazer as expectativas de ninguém — nem mesmo as minhas.
As súplicas de um desgraçado nunca fazem com que Deus mude o curso dos acontecimentos.
Ceder uma vez só é muito mais difícil do que ceder nunca.
O ciumento quer o olho. Os amantes, os olhares.
Se eu não for louco por mim — quem será?
Prefiro ser um gladiador ensanguentado a ser um boi feliz.
Nasci num big-bang. Buracos negros me atraem. Eu adoro supernovas.
Rebelde que depende da mesada pra comprar seu pirulito é apenas um palhaço.
O Pico é uma delícia. Por isso todo grande amor tem que ser deixado no Pico.
Só tem uma coisa pior do que morrer: — é viver pouco.
Pra dormir eu conto ovelhas, pra acordar eu conto amores.
Sou cigano, mas quando te leio as mãos não te quero ver a sorte: eu te quero ver amor.
Não permita que terceiros decidam sobre os caminhos que só você sabe se tem mesmo que trilhar
Sempre que possível, deixo o oponente supor que me venceu.
Nem penso em preencher meus dias com trabalho escravo.
A fé move montanhas. A paixão, cordilheiras.
Eu descubro as verdades: adoro vê-las nuas.
Só o que está morto não muda.
Você ama como um simples mortal, ou já sarou?
Deus é justo: quando faz o insensato, tira-lhe a razão.
Eu te amo quando te ajudo a ser mais livre do que eras quando eu te conheci.
Jamais trairei os meus amores simultâneos.
Eu não caio em tentação: elas é que sobem até mim.
Compreender-me não é imprescindível. Interessam-me as tuas emoções.
Quanto mais insustentável for uma relação, mais difícil é sair dela.
Só somos o que somos porque fomos o que fomos.
Viver é recomendável.
Em vez de salvar a relação, eu prefiro salvar o meu amor.
Dúvida é o deus a quem dedico a minha fé.
O sábio, quando se apaixona, se ilumina. O idiota, fica bobo.
Quem nasceu pra jacaré nunca chega a crocodilo.
Aceitar o inevitável é uma sábia decisão.
Ser livre tem um preço. Enorme. Mas vale a pena pagá-lo à vista.
Temos que ser infiéis às nossas convicções — ou não mudaremos nunca!
Eu não vim distribuir água: eu vim distribuir sede.
Tenho duas coisas enormes: talento e modéstia.
Esta última frase é uma brincadeira...

Blog principal =
www.MUDE.blogspot.com


Livros que eu levaria para uma ilha deserta: a Biografia de James Joyce, escrita por Richard Ellmann; todos os de Henry Miller. E os meus.

Mulheres que eu levaria para uma ilha deserta: Joyce Ann, Rose, Dora, Edna, Suzana, Beatriz, Paloma, Fábia, Fernanda, Janaína, Geiciane, Daniela, Carol, Alessandra, Fátima, Vera, Verinha, Eliana, minha Mãe, duas das minhas irmãs, você, e aquela por quem me apaixonei ontem à tarde — todas numa viagem só.

Homens que eu levaria nessa mesma viagem: Meu pai, Jesus, Gaiarsa, Buda, Sócrates, Osho, meu cunhado Fernando, meu irmão Luiz José, e um amigo que depois direi o nome.
Crianças: Victor e Giulia.



UMA ILHA DESERTA E GREGA

Ainda vou reunir esses deliciosos loucos e loucas, esses santos e santas que eu amo e amei, essas deusas e musas que já conheci e ainda encontrarei, convidá-los a subir num barco, um barco enorme — um navio, transatlântico — levá-los todos para uma ilha luminosa, deserta e grega, e viver com eles para o resto das nossas vidas. Em liberdade absoluta. Falando todas as línguas, amando de todas as formas, bebendo de todos os vinhos, rezando a todos os deuses... A vida seria uma outra festa. Viveríamos dançando todas as danças, ouvindo todas as músicas, escrevendo poesias de amor, plantando flores e colhendo estrelas, tomando sol, sorrindo e gargalhando. E transando com a própria Vida, todo dia, o dia todo.


Em síntese: É melhor dançar no arco-íris do que andar na linha do trem.


Obras publicadas:

"Manual da Separação", 160 pág, Ed. Filosoft,1998, SP.
"O Canto dos Poetas", antologia da Ordem Nacional dos Escritores.
"Beijos no céu da boca", Ed. Do Autor, 1985, esgotada.
"Mude", poema ilustrado, 96 pág,
PandaBooks Editora Original, SP, 2006.
"Rodamundo 2005" – escritores de vários países. Ed. Ottoni, 2005.
"Blog de papel" –
Editora Gênese, 128 pág, SP, 2005.
Poema MUDE –
faixa 4 do CD Filtro Solar – de Pedro Bial.

Inúmeras antologias publicadas. Textos em milhares de sites e blogs. Artigos em jornais, teses e bilhetes. (Claro que os bilhetes são hoje muito mais interessantes do que as teses...)


Mas aqui tem um outro aspecto da minha biografia.


SOU BISNETO DA REBELDIA

Meu bisavô, aos sessenta e dois anos de idade, na década de trinta do século passado, abandonou tudo e apareceu por aqui trazendo no colo uma adolescente chamada Loucura. Um despropósito, disseram todos. Mas o verdadeiro rebelde não hesita entre viver e morrer. O velho Luiz Marques, atolado numa estabilidade massacrante, não havia desistido de procurar aquela coisa que atende pelo singelo nome de felicidade.

Gastou janeiro fazendo planos, um mês inteiro ouvindo vozes, que nem Moisés. E aquela menina passando ali, na frente dele, uma tentaçãozinha vestida de chita, descalça, cabelos soltos, meio ressabiada... Os peitinhos despontando. Então o fazendeiro abandonou tudo: as propriedades e as impropriedades que a elas se ligam, a esposa controladora, os filhos perplexos, as fazendas, as noras, os netinhos, os novilhos e as velhas emoções.

Tudo por causa de Vitalina.

Por aquela menina delicada ele daria o mundo. Por ela, e pelo que então simbolizava aquele amor, ele abandonou mais de mil cabeças de gado e todas as certezas que lhe haviam dado como herança. Era um autêntico rebelde: acabou trocando o futuro garantido e certo, porém morno, por um presente delicioso e faiscante. Jogou fora o velho baú de premissas usadas, quebrou as algemas — e caiu na Vida. Trocou um milhão de verdades antigas por uma pequena mochila de sonhos. Porque, você sabe, não dá para salvar a alma sem antes salvar o corpo. E o que mais excita o o coração de um ser humano é a possibilidade aberta de uma nova vida. O respeitável senhor Luiz Marques tomou aquelas decisões que só os grandes homens conseguem tomar: montou o cavalo negro do risco absoluto e partiu! Pois ele também já sabia que o único crime que não tem perdão é desperdiçar a vida. Abandonou tudo para não ter que abandonar a própria existência naqueles caminhos já percorridos.

Não fosse por isso, eu não estaria aqui, agora, à beira do mar, tomando um belo copo de vinho branco e contando essas coisas todas pra você.

Sou portanto bisneto da rebeldia.

Sou bisneto da rebeldia, neto da emoção, filho da loucura, irmão do desejo, primo do prazer, amigo da liberdade, e amante de todos os meus amores. E existo, por incrível que pareça. No céu da minha boca não há fogos de artifício. Só estrelas.




Com base na tese que defendo no livro Teoria do Acaso, só somos o que somos porque fomos o que fomos. O destino não passa de uma inegável sucessão de acasos. A liberdade é sempre condicionada pela base material da existência.
Se meu bisavô não tivesse raptado sua amada Vitalina em 1920, eu sequer existiria. Se alguém batesse à porta do meu pai minutos antes de ele transar com minha Mãe no dia em que fui gerado, eu jamais existiria. Se Cristóvão Colombo fosse um simples contador, eu também jamais existiria. Isso vale inclusive pra você. E se eu tivesse me casado com o primeiro grande amor da minha vida, certamente não estaria aqui, agora, solteiro — e feliz. Ou talvez meu conceito de felicidade fosse outro, e eu hoje poderia estar mais feliz ainda. Mas, com base nas estatísticas, e se o casamento é mesmo o túmulo do amor, tivesse casado, eu hoje estaria morto — no sentido figurado, ou de verdade, tanto faz. Como se vê, o acúmulo das decisões tomadas por nós determina a situação presente. Nesse sentido, se eu mudasse qualquer das decisões que tomei, por menores que fossem, em qualquer momento anterior da minha vida, nada do que vivi após essa decisão teria acontecido como aconteceu. E hoje eu não seria o que sou. Poderia estar melhor ou pior, não importa. O que realmente importa é que toda decisão é crucial. Portanto, reflita bastante sobre as decisões que você estiver tomando hoje. Elas determinarão o teu futuro, necessariamente. E como mudar o passado não é mais possível, tente mudar o futuro. Se esse caminho que você hoje percorre pode desembocar na escuridão, tome providências imediatas. Às vezes, na vida da gente, logo ali à frente pode haver uma emboscada. Ou uma porta escancarada para o céu, não se sabe.

Você pode ler os capítulos iniciais desse livro AQUI.

Edson Marques | Poema Mude |

20.9.11

Eu quero que você morra!

Esse é hoje o meu desejo mais sincero. Eu realmente quero que você morra. Mas que essa tua morte seja apenas a do teu modo errado de viver. Que morra só esse teu lado emocionalmente fraco, tedioso, triste, cambaleante. Que você morra como Jesus morreu: metaforicamente.


Crucifique teus anseios bobos, desfaça-se do que não presta, desmonte as relações que te oprimem, abandone agora mesmo essa vidinha inexpressiva. Dê um belo salto profundo. Morra. Mas morra com um só e claro objetivo: ressuscitar gloriosamente logo mais. Nem precisa esperar três ou quatro dias, nem precisa ser parente do José de Arimatéia.


Lembre-se: até Jesus teve que "morrer" um dia para subir aos Céus... Mas não caia na besteira de morrer de verdade, nem de morrer aos poucos. Morra muito e morra logo. E que essa tua morte seja só a morte do teu modo errado de viver.


Eu quero que você viva!





Àqueles que não conseguem me compreender, não posso fazer nada, pois não chegarão de forma alguma aqui onde cheguei, nem verão graça nas minhas idéias, nem perceberão sentido nas coisas que hoje faço — e certamente odiarão as palavras todas que eu profiro.

Àqueles que me compreendem, também não é preciso dizer nada, pois podem chegar sozinhos às mesmas conclusões. Contudo, digo-lhes estas palavras e coloco-me desta forma, amorosamente, apenas para que sintam o imenso prazer estético que minha fala proporciona. Digo-lhes, com toda a sinceridade, apenas para que saibam que não estão sozinhos nesta empreitada gloriosa, nesta impressionante loucura de ser livre.



ELOGIOS E CRÍTICAS

Algumas considerações sobre os meus pontos de vista


Como toda pessoa com posições seriamente democráticas, eu aceito tanto as críticas positivas quanto as negativas a respeito do que sou, do que penso, e do que faço. Todas elas são, por definição, simples manifestações de opinião — e todas, por isso mesmo, igualmente passíveis de serem falsas ou verdadeiras. Com base nessa premissa elementar eu concluo que seria irracional privilegiar umas em detrimento das outras.

Embora (como para todo mundo, suponho) certos elogios me sejam mais agradáveis do que as críticas negativas, costumo ver nestas um sinal — e acabo valorizando-as até mesmo um pouco acima daqueles. Primeiro, e só para efeitos de raciocínio, suponho-as desinteresseiras e com algum valor de verdade. Procuro entendê-las no contexto, racionalmente, a partir de uma certa e segura distância brechtiana. Se ocorre não concordar com algumas delas, mas se também consigo refutá-las com sucesso — ainda que apenas mentalmente — deixo-as de lado, e sigo em frente no que faço, no que sou e no que penso, livremente. Decididamente.

Porém, se tais críticas são bem formuladas e tocam meu coração de alguma forma; se perdura em mim uma certa sensação de que as mereço realmente — não as desprezo, não as esqueço, nem tento desqualificá-las de modo algum. Então, nesse caso, a partir delas e sensatamente, procuro tomar providências, mudar concepções, aprimorar o que faço e melhorar o que sou — como ser humano, como filho, amigo, amor, amante ou companheiro de jornada.

O mesmo raciocínio vale para os meus textos e poemas. Para as
paredes que desenho, as fotos que faço, as relações que mantenho, os projetos que apresento, os pratos que cozinho, as idéias que proponho, as atitudes que tomo, e os livros que eu escrevo. Claro que vale também para esses múltiplos orgasmos que vivo compartilhando com todos os meus amores principais.


E essa doce abertura poética na cabeça dançante é que torna minha vida uma
aventura inesquecível. Extraordinária.

Edson Marques | Poema Mude |

2.8.11


O texto você pode já conhecer, mas as imagens são maravilhosas. Veja-as em tela cheia. São dos filmes Migração Alada de Jacques Perrin e Planeta Sagrado, de Jon Long / Robert Redford.




Segundo Descartes, a coisa mais bem distribuída no mundo é o bom senso: ninguém acha que tem pouco. Nem eu. Nem você. Nem aqueles que pensam diferentemente de nós dois.

Edson Marques | Poema Mude |

21.9.05

NO ARMAZÉM DE MEU PAI

Varrendo os ciscos, os papéis, as tampinhas de garrafa, todo dia, eu aprendi a amar a limpeza, mas não de forma neurótica. Varrendo, aprendi a ter disciplina. Eu só tinha nove ou dez anos, mas já varria com método, coreografando uma espécie de dança com a vassoura, meditando, desenhando na poeira coisas que combinassem com as irregularidades daquele chão. Varrendo, eu planejava a minha vida. Varrendo ciscos geométricos por sobre os cacos coloridos da cerâmica vermelha eu construía uma louca arquitetura de mistérios insondáveis. E então chegavam clientes querendo talvez meio quilo de açúcar. Ou duzentos gramas de mortadela. Às vezes um pão sovado. Não importava: em qualquer das hipóteses, antes de atendê-los, eu me transformava no Balconista do Olimpo — e os atendia sempre sorrindo. Ou seja, varrendo e vendendo, eu aprendi a perceber padrões. A interpretar as circunstâncias. Varrendo e vendendo, eu aprendi a ser cigano, a ler as mãos — e ver a Sorte.


Ele era o símbolo da autoridade, e eu — da rebeldia. Nenhum de nós dois gostava de repartir a liderança. Eu não nasci pra ser segundo, e ele abominava a ideia de não ser o primeiro. Então, quando fiz dezessete nos separamos: eu vim estudar filosofia, e ele continuou um ótimo comerciante. Foi então que começamos realmente a conversar. Depois, com o tempo, nos tornamos amigos. Hoje, somos amantes.




O AMOR É UM ALIMENTO

Ao sugar o seio da minha mãe, eu não apenas mamava: eu já calculava a área total do mamilo, a vazão do leite por segundo, a temperatura da sua pele em contato com meus lábios, a posição mais adequada da minha língua, o movimento sensual da minha boca, a intensidade da sucção, o tempo perfeito da própria saciedade, o pulso do coração, a respiração poética do espírito santo, e o prazer que era sentido por mim, e por ela. Tudo isso excitava o meu neo-córtex cerebral, onde as emoções mais profundas se colocam de uma vez por todas. Mas, confesso, antes do leite, antes do cálcio, antes das vitaminas — eu precisava mesmo era do amor que ela me dava. Este foi o meu primeiro e mais querido alimento: o amor.

Desde criança, portanto, eu me alimento de mulher e liberdade, de loucura e matemática, de risco e paixão, de amor e poesia. Acontece que depois, pouco a pouco, fui trocando o leite por vinho branco. E agora vivo sempre em busca de novos seios.

Edson Marques | Poema Mude |

29.3.02

DESMANDAMENTOS

1. Ame a Vida sobre todas as coisas.
2. Não obedeça a ordens, exceto àquelas que venham do teu próprio coração.
3. A felicidade está dentro de você: não a procure em nenhum outro lugar.
4. O amor livre é a mais religiosa de todas as orações.
5. Deus é a única porta para a verdade.
6. A vida só existe aqui e agora.
7. Não corra: dance.
8. Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade.
9. Viva acordado, em todos os sentidos.
10. Pare de buscar: o que é teu já te pertence.



AVENTURA

Eu quero agora te propor uma aventura:
Imagine que hoje é o teu último dia de vida.
Faça tudo o que você mais gostaria de fazer hoje — antes de morrer. Dê um pouco de atenção àquilo que realmente importa. Desfaça-se de tudo que não presta. Jogue fora todas as quinquilharias. Desapegue-se das bugigangas. Despreocupe-se. Olhe bem as tuas coisas, avalie calmamente os teus sonhos e projetos, sobrevoe o teu mundo. Despeça-se (mentalmente, se for o caso) dos teus amigos e dos teus amores preferidos. Em seguida, escolha os maiores prazeres que você puder imaginar — e sinta-os, em todos os Sentidos. Procure cometer até mesmo aquelas pequenas loucuras que você vem sempre adiando — por medo, por vergonha ou por preguiça.
E lembre-se: só hoje é hoje.
Por isso é que hoje tem que ser um dia inesquecível!



EU FALO DE AMOR

Eu falo de Amor e Liberdade. Por isso meu verbo não se admira: só causa espanto. Acontece que escrevo para loucos brilhantes e livres de espírito. Aqueles cujos espíritos são meio escravos ou cujas loucuras não brilham tanto, talvez não gostem do que eu digo. E nem devem mesmo gostar. Minha literatura é feita de excessos. Tem cadência, alegria e pulsação... Como já disse, eu falo de Amor e Liberdade — e sei como se ama. Mas não pretendo ensinar nada a ninguém. (...) Não busco aprovação alheia, nem quero aplausos. Só quero provocar intelectualmente as pessoas criativas, como suponho você é. No fundo, eu quero apenas questionar todas as verdades, esmagar todas as convicções — inclusive as tuas, mas especialmente as minhas.



JAMAIS ILUDA O TEU AMOR

Eu disse "Jamais iluda o teu amor", mas fico pensando. E se o teu "amor" é um ditador? Se aquele teu amor, antes tão maravilhoso, acabou virando um ditador? O que fazer? Meu conselho: abandone-o, simplesmente. Ou fuja dele. Contudo, se as circunstâncias ainda não permitem, faça teatro. Engane-o. Ditadores merecem ser enganados.



OLHAI OS LÍRIOS DO CÉU

Eis uma verdade incontestável: todos os grandes mestres — religiosos ou não — desde os primórdios da História, nos dizem que o apego é a doença mais grave que pode acometer um ser humano. Olhai os lírios do campo e os pássaros do céu, dizia um deles. O apego está na origem da corrupção, da inveja, da cobiça, do roubo e do ciúme — entre outras maldades. É uma demonstração cabal de insegurança e falta de personalidade. Entretanto, se você tiver necessidade compulsiva de apegar-se a alguma coisa, apegue-se logo a uma BMW conversível, e não a uma canequinha de lata. Por que amar um crocodilo se você pode amar um Deus? Apegar-se a uma coisinha comum, é imperdoável. É como apegar-se a uma canequinha de lata, ou a um saquinho de tranqueiras... É ridículo.



A VIDA É UMA FLORESTA

Eu abro uma picada na floresta e me dou bem. Eu adoro abrir picadas na floresta. Esta é a minha função preferida. Mas você tem que abrir a sua própria: experiências não se transmitem. Não queira seguir esta que eu abri, nem siga, muito menos, aquela que os normais dizem ser a única. Há milhares — e cada um tem que abrir a sua. Eu posso apenas te emprestar a foice, amorosamente. E te ajudar a afiá-la de vez em quando. O resto é com você.



VITÓRIAS

Tem grandes vitórias que nada significam, pois acabam efêmeras, insossas e sem graça. E tem pequenas vitórias que são doces e graciosas, e nos levam ao pico sublime do êxtase. Então, podemos concluir que a essência da vitória não está no seu tamanho ou impacto inicial, mas sim no seu valor e elegância. Ou seja, a pequena pode ser grande, e a grande, minúscula. O mais importante é saber a diferença entre elas — e gozá-las ambas, sem apego e sem vanglória.



MINHA ALEGRIA É INVULNERÁVEL

Quando alguém expressa um pensamento com o qual eu não concordo — sobre mim ou sobre a vida, sobre amor ou religião, sobre a Dilma ou futebol — não me sinto nem um pouco ofendido. Afinal, são milhares de pessoas pensando e emitindo opiniões a respeito dos mais variados assuntos. (...) Portanto, seria insensato estressar-me a partir dessas alheias conclusões. Respeito as opiniões, mas deixo-as onde estão, pois seria um absurdo condicionar o meu humor a esses múltiplos estímulos. Minha alegria é invulnerável. Sofismas não me atingem. Cada um de nós é um ser único. O que é bom para o outro pode ser péssimo para mim — e vice-versa. Cada um de nós pensa com sua própria cabecinha. Suponho. E sugiro que você encare as críticas também da mesma forma.




O domínio absoluto sobre os meus estados de espírito é minha maior conquista como ser humano. Há mais de vinte anos que não perco a calma. Há mais de vinte anos que não brigo, não xingo, nem fico com nozinho na garganta. Não há motivos que me abalem.
Como consigo? — você pode perguntar.
É muito simples: dou valor secundário às coisas secundárias, e considero secundário tudo aquilo que não tem o poder de causar mudanças significativas no rumo da minha vida.
É muito simples — e é uma delícia!
Experimente.



SEM MEDO E SEM CONTROLE

Sem sono, sem fome, sem culpa e sem dor. Sem ciúmes, sem pressa, sem apego e sem pressões. Sem expectativas, sem promessas, sem cobranças. Sem vergonha — e sensível. Sem medo e sem controle, sem ódio e sem juízo. Conseguindo equilibrar-me no instável, no insólito, e no incerto. Amado com delícia e liberdade, e amando com grandeza e ousadia.

Passageiro numa bela viagem sem destino, percorrendo caminhos ainda não trilhados. Ficando cada vez mais contente, encantado e fascinado com os novos horizontes. Adorando as surpresas todas no momento em que acontecem, e vivendo a primavera em qualquer das estações.

Quebrando barreiras, de modo irreversível.

Ultrapassando limites.

Buscando (e encontrando) a essência de cada coisa nela mesma. Compreendendo as razões também daqueles que não conseguem me compreender. Podendo até ser julgado por minhas atitudes desprendidas e por meu comportamento fora de padrão. Podendo ser julgado, mas condenado — jamais. Vivendo o mais profundo, o mais criativo, o mais sensual, o mais inocente e o mais sagrado período da minha vida. Sugando a doçura de todas as coisas... Vivendo as maiores e melhores paixões da minha vida, e vibrando com tudo que me toca. Sentindo-me a cada momento como se Deus me cobrisse de beijos, flores e estrelas. Dançando nas minhas próprias e nas tuas emoções.

Inundado de carinho e gratidão.

Com a cabeça nas nuvens — e o coração no infinito.

Portanto, o que mais posso eu querer da vida, além de amores breves e brilhantes, crepúsculos cor de abóbora na praia que eu prefiro, óleo de amêndoas doces, dúzias de rosas brancas e vermelhas, duas ou três taças de vinho transbordantes, muita liberdade, alegria, saúde, poesia, gostosura... e tempo livre para viver tudo isso?

O que mais posso eu querer da vida?!

Edson Marques | Poema Mude |

15.1.02

..

Edson Marques | Poema Mude |

19.12.01


Edson Marques | Poema Mude |

8.11.01

BIG BOOM

Há hoje no meu peito uma explosão em vias de acontecer. Contida pelo seu próprio desejo de ser maior, ela se alimenta com o sangue vermelho das minhas paixões. Ela respira, pulsa, espera, espreita, suspira, prepara-se como se preparasse um salto. Há hoje dentro de mim uma deliciosa explosão em vias de acontecer. Mas os sentidos são duplos: encontrar-me apenas como metáfora de mim é a maior das perdições. A vida é uma floresta.


E NÃO VAI DAR PRA SALVAR TODO MUNDO

Quando vejo uma criança brincando ali na praia numa saída de esgoto, pensando ser aquilo um riozinho quente de água doce; quando vejo a branquela estendida na areia, queimando-se mais do que pode nesse sol de meio dia e se arriscando a um câncer de pele; quando vejo o jovem imbecil fazendo sincera declaração de amor à sua noiva, prometendo fazer tudo por ela — pensando seriamente em se casar, constituir família, ficar responsável; quando vejo o gordinho esparramado feito porco na esteira de palha, ressonando após ter comido um prato cheio de gorduras e tomado cinco ou seis latinhas de cerveja; quando vejo o senhor grisalho pensando em negócios à beira do mar e falando ao telefone em vez gozar a vida; quando vejo um casal de burros solidários tomando seu segundo sorvete; quando vejo essas coisas, chego a pensar: — será que eu devo ir lá? — cutucar cada um deles, chamar-lhes à razão, e dizer: “Ô criança; Ô gordinho; Ô branquela; Ô jovem, Ô senhor, Ô senhora: — Tomem cuidado: vocês estão fazendo besteira... Vocês vão acabar se fodendo!”

Você acha que eu deveria me preocupar com esses descuidados, tentar salvá-los, mostrar-lhes o caminho da verdade, da saúde, da vida, da liberdade, do amor?
— Não!
Que se fodam, portanto.
E que leiam as mágoas de Florbela Espanca.

Fico me lembrando.

Dizem que havia uma colônia de vermezinhos sonolentos no fundo de um lodaçal. De vez em quando, sem nenhuma razão aparente, alguns subiam à superfície e nunca mais voltavam. Isso deixava perplexos aqueles que permaneciam. O que será que tem lá em cima, que tipo de perigos haveria? – eles se interrogavam, entre um bocejo e outro. Até que certo dia um deles acordou, pôs a mão no coração e prometeu aos seus irmãos: “Vou subir e depois volto para contar a vocês como é o mundo lá em cima.” Preparou-se bem, leu Nietzsche, armou-se de coragem, estudou, meditou, desfez as malas, aguou suas plantinhas, despediu-se dos amores — e subiu. Mas, assim que chegou à superfície, viu Luz, transformou-se numa libélula, entusiasmou-se — criou asas — e voou livre como um louco para o azul do céu...
E agora já não pode mais retornar ao fundo do lodo.
Morreria se voltasse!

Certas promessas jamais serão cumpridas.
Assim como certas metáforas jamais serão compreendidas!

A propósito disso e quando penso naquele meu irmão contador, vinte e cinco anos de opressão, sinto uma vontade fraternal de lhe fazer uma pergunta, olhando bem fundo nos olhos dele, e dizer:
— Querida minhoca, por que você, em vez de continuar cavoucando, não cria asas — e voa?
Mas logo me contenho: um contador nunca entenderá um poeta.



Confesso: tem segredo que guardo como se meu. Por exemplo: pensei em chamar este livro de “Bíblia Sagrada – volume 2. Edição revista e ampliada”. Sou louco, mas nunca digo que tenho o poder da cura: pois haveria então enorme procissão de desgraçados querendo tocar-me o manto sagrado com as pontas sujas dos seus dedos trêmulos. Uma horrorosa multidão de enfermos desvalidos ao redor de mim, buscando a cura para seus males de amor. Bando de lazarentos rondando ansiosos minhas doces alegrias. Não — eu nunca vou dizer que tenho o poder da cura! Não sou louco! Em verdade, só posso curar aqueles que já são saudáveis, e me curam antes...



CADA UM POR TODOS, DEUS POR SI.

Assim como Sócrates, eu sigo sempre um raciocínio para onde quer que ele conduza. Mas não é só meu cérebro que cria conceitos. Sigo também meu coração, para onde quer que ele conduza.

Só tem uma coisa pior do que morrer: — é viver pouco.





A máscara que cobre a minha dor é sorridente.

Edson Marques | Poema Mude |

1.11.01

MEU JEITO DE ESCREVER

Estou aqui, ao lado de um pezinho de lírio e tomando um copo de vinho vermelho. Solto e protegido como fosse uma simples formiguinha. Ronronando sensual como os gatinhos de Joyce Ann. Livre como um pássaro livre. Zen. E então fico pensando que meus leitores talvez nem façam ideia de quanto cuidado, quanto tempo, quanta energia, quanto amor — quanta loucura — eu preciso para escrever uma frase assim:

Liberdade a gente tem que ter de sobra, pois, se dela um dia nos roubarem um pedaço, ainda nos resta o suficiente para que a vida não se torne uma desgraça.

Demorei cerca de duas horas para escolher o tema de hoje e as palavras que me parecem certas. Para que houvesse cadência, pulsação — e alegria na leitura. E rima. Mas não rima pobre, formal. Eu busco uma rima quase imperceptível. Às vezes, apenas conceitual, como em de sobra e bastante, suficiente. Às vezes, rima sonora, como em pedaço e desgraça. Também me preocupo, nos meus textos, com que a língua não se enrole, se lidos em voz alta. Mesmo subvocalizados, não pode haver tropeços na boca de quem me lê. Até pontuações eu às vezes suprimo visando pausas que não quero. Faltou dizer, mas teu subconsciente certamente já percebeu, que nas sílabas tônicas daquilo que eu preciso — cuidado, tempo, energia, amor e loucura — temos todas as vogais, em ordem crescente: a e i o u. Enfim, eu educo os meus textos como se fossem filhos. Eu os refino e aprimoro, amorosamente, para que dancem no céu da tua boca e mereçam tocar-te o coração.



Além da vida e do amor, há um jogo que também me agrada: é aquele que acontece quando trago para a tela do computador uma poesia que já escrevi. E fico jogando com as palavras e o seu sentido. Passo a noite quase toda mexendo com elas, jogando com elas, acariciando-as, beijando-as, lambendo-lhes as partes mais íntimas, amando-as livremente. Mudo-lhes algum sentido, dou-lhes forma nova, pinto-as de azul. Enriqueço rimas em prol do amor, coloco consoantes de apoio, quebro a estrutura da frase, abandono as regras antigas, invento outras mais gostosas, escrevo, apago, escrevo, pinto, sinto e danço. Se por acaso vou ganhando, vibro e quero sempre ganhar mais. E se perco, a cada jogada sublime que faço, maior é o meu ânimo para jogar de novo, recuperar aquilo que perdi. De qualquer forma, passo a noite toda jogando, em todos os sentidos. Vem a madrugada e já começo a brilhar, metáfora de lux. Então, exaustos de tanto amor, os dois nos vencemos: o poema ganhou de mim, e eu com certeza o venci.



Também gosto de pensar que, se algum dia eu ficar famoso, meus blogs e livros serão valiosos e os leitores ficarão perplexos com tanta criatividade... Serei um best seller. Meus saltos profundos serão louvados. A defesa da liberdade virará moda. Meus biógrafos vão vibrar com “tão extrema sensibilidade”. Traduzido em várias línguas, escreverão teses sobre mim. A Faculdade de Letras da USP vai criar um curso sobre a literatura de Edson Marques. Mas se eu, ao contrário, acabar anônimo, casado, cheio de filhos, e pobre — ou abandonado num manicômio qualquer — todos que lerem estas mesmas linhas (que meu ego acha belíssimas), certamente pensarão: Nossa... como o coitado perdia tempo escrevendo essas bobagens...

Como se vê, tudo é relativo.



O texto acima foi escrito em 1998, e ainda tem alguma validade. Entretanto, como sou um garimpeiro de verbos incendiados, só gosta de me ler quem já tem fogo e não se espanta. Mas se eu primeiro não tornar as emoções em gostosura, não serei capaz de abrir meu coração para ser lido com ternura por você. Por isso, só me mostro inteiro após o meu encanto, e só te dou estas palavras depois que as refino. Aliás, se eu primeiro não polir as minhas pedras preciosas com amor e liberdade, como poderia eu querer trocá-las por essa tua tão amável luz diamante?





POR QUE VOCÊ CHUTA O AGORA?

A vida está por um fio. Tua casa tá pegando fogo, teu amor se despedaça, tua hora está chegando... Não a hora da morte biológica, que pode até demorar, mas a hora da verdade, a hora de virar gente, a hora de assumir o comando. A hora de tomar consciência. A cebola da vida está descascando, inexorável, aí, ao teu lado; o leão do tempo, feroz, rugindo no teu cangote — e você não reage. Nem se mexe. Acontece que há conclusões às quais você tem obrigação de chegar, hoje: Ou você se salva — ou você se fode. Não há meio termo.

É isso que eu quero dizer novamente hoje, mas você teima em não me ouvir. Parece que todos temos uma certa tendência neurótica em deixar as coisas como estão, em salvar as aparências, em manter as estruturas — mesmo que apodreçam. Quase todos temos uma enorme preguiça de agitar as circunstâncias. Propendemos a deixar tudo como está, embora vivamos fazendo promessas de mudar o mundo. Como disse Goëthe no Fausto, "a quem persiste na Esperança ainda resta a Salvação". Mas você sempre deixa pra depois. Você chuta o agora. Você adia o instante. Você posterga o hoje.
Você pensa que vai viver mil anos...
Mas não vai, não.
Nem eu.




Eu morava numa casa deslumbrante. Tinha até cachoeira na piscina e palmeiras no quintal. Meus amigos ficavam perplexos, e eu lhes dizia:
— Não se impressionem: a casa não é minha.


Depois — ou antes, já nem me lembro — eu morava num ranchinho de sapé lá no sul do Paraná. Ao lado de um riozinho, meia-água, três cômodos, as roupas penduradas em barbantes, chovia dentro. Meus amigos ficavam perplexos, e eu também lhes dizia:
— Não se impressionem: a casa não é minha.


Hoje eu moro à luz da Lua — e continuo dizendo:
— Não se impressionem: a Lua não é minha.



A VIDA É UM JOGO

Todo jogo tem suas regras. E o que é a vida, se não um jogo? O melhor deles — e o mais gostoso de ser jogado. Acho que vou reabrir este capítulo como se reabrisse a garrafa do vinho francês que acabei de buscar. Tomo então um gole redondo do Baron D’Arignac, rouge, respiro fundo — e ataco minhas lembranças como se fosse um leão. Às vezes você precisa pôr uma pedra enorme no próprio sapato para sentir-se vivo. Quem só pisa em espumas não cria coragens. Quem só vê o macio não sabe a dor. Houve um tempo em que tinha um prego no meu sapato. Todo dia eu batia nele com o cabo de uma escova. Meia hora depois o desgraçado já furava de novo meu calcanhar, o que me fazia passar o dia inteiro mancando. À noite, quando chegava da USP, eu repetia a operação, sem nunca ter tomado as providências efetivas. Assim como em tudo na vida, quando não tomamos providências efetivas, sofremos as consequências. Mas, depois de uns quinze dias e de muito incômodo, criei vergonha e comprei um sapato novo, preto, numa loja empoeirada e decadente da Rua Barão Duprat, perto do Mercado Municipal. Foi um verdadeiro alívio. Como se vê, às vezes a gente é muito mais sem-vergonha do que pobre. Sofre mais por burrice do que por falta de dinheiro. Aliás, o ser humano quase nunca é racional.


A burrice é igual para todo mundo, mas a burrice própria é muito pior do que a burrice alheia.


E a esperança é um armadilha.
Fatal.



Portanto, este eu que ora sou, num enorme, num desesperado esforço de imaginação, pode até jurar-te amor eterno. Mas, como esperar — como exigir — que o outro eu que amanhã certamente serei cumpra, eternamente, o que promete este eu que ora sou?


Espero que Deus te proteja na minha ausência.


Continua.



Edson Marques | Poema Mude |

EdsonMarques.com

Só quem salta inteiro no belo escuro azul profundo da vida é que pode viver de verdade.




Vivo tentando derrubar minhas próprias convicções, só para ver até que ponto elas resistem. /// Estou profundamente envolvido em alcançar uma concepção de arte e de literatura que se transforme numa emocionante Filosofia de Vida.


Meu livro MUDE - 96 páginas - Ed. Pandabooks, 2006. À venda na Siciliano, FNac, Cultura, Saraiva, Submarino, Americanas, Extra, Casas Bahia, Ponto Frio, Livraria da Travessa, Livraria da Folha. /// Mude, mas comece devagar, porque a direção é mais importante que a velocidade. /// Prefácio do queridíssimo Antonio Abujamra.

Este é um site com pedacinhos rasgados da minha biografia. Aqui eu conto alguns fatos da minha vida, que podem nada significar para outros, mas que hoje me são fundamentais. Mostro alguns dos meus livros, e alguns dos meus projetos pessoais. Enfim, e principalmente, falo dos meus amores.

Meus Múltiplos Amores



Te amo quando não preciso mais dizer te amo


Comercial da Fiat para TV - feito pela Leo Burnett - Poema Mude

O processo Mude - Clarice Lispector

Mude
Mude,
mas comece devagar,
porque a direção é mais importante que a velocidade.
Não faça do hábito um estilo de vida.
Tente o novo todo dia.
O novo lado, o novo sabor,
o novo prazer, o novo amor.
(...)
Tente.
Ame muito,
cada vez mais,
de modos diferentes.
Lembre-se de que a Vida é uma só.
Se você não encontrar razões para ser livre, invente-as.
Seja criativo.
(...)
Só o que está morto não muda !
Edson Marques


Dê um click acima para ler o poema todo.

Fundação Biblioteca Nacional do Ministério da Cultura
Poema MUDE - Registro: 294.507 - Livro: 534 - Folha: 167



Livro MUDE à venda em todo o Brasil. Click na imagem abaixo:

Não existem verdades definitivas. O que existem são interpretações elaboradas sobre aspectos da realidade — comprováveis ou não — mas necessariamente condicionadas pelo ponto de vista, visão do mundo, e capacidade intelectual de quem as propõe.


Algumas Perguntas

Meu coração pulsa sempre em nome da alegria.
Tenho noventa mil quilômetros
de vasos sanguíneos,
todos repletos
de flores, estrelas.
Sou movido a emoções.
Eu vivo saltando profundo...
Toda hora, todo primeiro, todo segundo.


Daqui você sai diferente do que era quando entrou. Eu quero te provocar, intelectualmente. Quero que você suba ao palco da Vida agora mesmo. Por isso é que nas cadeiras poéticas do meu teatro eu coloco um monte de pregos instigantes e palavras que te ferem de algum modo, deliciosas... /// Eu te provoco com metáforas de açúcar. Eu te cutuco com verbos e delícias insistentes. Eu te cutuco com flores e estrelas — todo dia — porque quero que você pense de modo diferente. Quero que você mude. Quero que você viva. Quero que você dance no arco-íris de um violino que se chama Liberdade.

Eu amo a liberdade como se não pudesse amar outra coisa. Afinal, sou bisneto da rebeldia... Bisneto da rebeldia, neto da emoção, filho da loucura, irmão do desejo, primo do prazer, amigo da liberdade — e amante de todos os meus amores. No céu da minha boca não há fogos de artifício: só estrelas.

Paulo Coelho publicou-me no Twitter e Facebook (em inglês), além de publicar meu poema Mude em suas colunas, em mais de dez jornais do Brasil e do exterior — sem citar-me como autor. Click aqui.


Até no Clarin de Buenos Aires - 29 de maio 2011

Change. But start slowly, because direction is more important than speed.
Apesar de Paulo Coelho, no Twitter e no Facebook, ter dito que essa frase é dele, não é. Sou o autor. Confira: são exatamente os versos iniciais do poema Mude. Como ele recusa-se a se desculpar publicamente, vou processá-lo por plágio.


VIVA A LIBERDADE!



Mude no CD Filtro Solar - Pedro Bial faixa 4 - Simone Spoladore


Video com o Poema Mude - em versão minimalista interessante.


O que penso do ciúme...

"Tu te tornas eternamente responsável...?"

Veja aqui minha biografia zen

SOLIDÃO X SOLITUDE


@EdsonMarques

Veja aqui um Projeto Cultural Inovador

Meus projetos em Construção Civil

"Mude é viver. Num nível que poética é a luta que não decepciona. A sinceridade de Edson Marques explode nesse poema que, evidentemente, Clarisse Lispector aplaudiria pelo risco corajoso de querer movimentar o volume dos cérebros que o leem. Um poema que enobrece e que não imita, cria beleza na dimensão que desenvolve o talento para que as inibições particulares não apodreçam o homem. É um estilo de provocação apaixonante e não existe um leitor que não fique preso às palavras de coragem que mostram a necessidade de não nos enganarmos sobre nós mesmos. Meu aplauso." — Este é o prefácio de Antonio Abujamra ao meu livro Mude

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Mude - no CD Filtro Solar do Pedro Bial
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Manual da Separação



Eis o primeiro video do poema Mude, com música de Tom Petty
O Professor

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Seguem alguns textos meus que me são fundamentais:

01. EU TE AMO
02. Eu não te amo...
03. Algumas Perguntas
04. SEM MEDO E SEM CONTROLE
05. Sete Personagens à Procura de Mim
06. Separem-se no Pico
07. Abençoado pelos Espíritos Santos
08. Fiquei sete anos sem fazer amor...
09. Edna Mary Rangel
10. Vídeo Mude - flash
11. Elogios e Críticas
12.
Paritosh Keval
13. Meu conceito de Loucura
14. Nas horas vagas eu trabalho...
15. O Amor é eterno - as relações são passageiras.
16. O Provocador Abujamra
17. Minha mãe e eu
18. Joyce Ann.
19. Minha Vó Vitalina
20. Sou Bisneto da Rebeldia
21. As portas escancaradas do mundo
22. A vida está por um fio
23. Meu pai também era louco...
24. Tio Benedito Marques
25. Minha Mãe também se casou...
26. Projeto Cultural Revolucionário
27. Lúcifer - o iluminador
28. Dê-me a honra de ser a sua Página Inicial.
29. O maior amante do mundo
30. Desafiat
31. Mundançar
32. Patricia e Suzana
33. U-Net - uma idéia futurista
34. Sem tesão não há solução
35. Tudo que aqui escrevo é real
37. Aventura Inesquecível
38. O Pão da Minha Mãe
39. Se eu pudesse começar de novo...
40. Uma sinopse — por Lima Coelho
41. O Livro de Jó
42. Se não for agora, quando?
43. As idéias do Outro
44. Minha primeira noite..
45. O Professor
46. Mude no Submarino
47. Meu livro Manual da Separação
48. Mude em espanhol
49. Separem-se no Pico, outra vez!
50. Mude no jornal A Tribuna
51. Mulheres
52. Meu pai
53. A Lady e a Barraqueira
54. Abujamra e o prefácio do livro Mude.
55. Projeto Cultural Revolucionário
56. Meus professores
57. Vitalina Botticelli
58. Minha Mãe
59. Sem fome Sem sono Sem pressa Sem dor
60. O dia em que Mona Lisa chorou
61. Feliz 2008
62. Sou Bisneto da Rebeldia
63. Cachoeiras de São Francisco
64. Em nome da Vertigem
65. O Poeta e o Filósofo
66. Poema MUDE em italiano
67. Vídeo Mude
68. Presente de Aniversário
69. Diana e seus peitinhos...
70. Comercial da Fiat - MUDE
71. Video Mude em flash
72. Dicionário de Português
73. Divino Jantar
74. Kira
75. Prêmio Cervantes Ibéria
76. I celebrate myself
77. Abujamra interpreta Mude
78. Os seios de minha Mãe
79. Meu mais recente amor eterno
80. Além de Loucura, Deus me deu Razão
81. Ontem salvei uma vida
82. Posso estar certo
83. Éramos diferentes...
84. Desmandamentos.
85. Uma ideia para o Metrô SP
86. Muro de Berlim
87. Ordem de Prisão contra mim
88. Tristeza e depressão
89. Nenhum dos meus mamãos me compreende
90. Paulo Coelho plagia Edson Marques
91. A vida é um jogo
92. Só os inteligentes se salvam
93. Eu, Jesus e Henry Miller
94. Tudo por um livro do Edson!
95. Teoria do Acaso
96. Um bruto com coração
97. Ciúme versus Amor

Todos os textos daqui foram escritos por mim. Inclusive, é claro, o poema Mude — que muita gente acha que é da Clarice Lispector.


Foto feita por Suzana. Parati, 1999.

Meus anos podem ser poucos, e podem ser breves,
mas são todos loucos.


Edson Marques

Reaja Mude Viva Dance





MINHA VIDA É BASEADA EM FATOS REAIS

Viver as aventuras para depois escrever sobre elas, é mais fácil — e muito mais gostoso — do que apenas inventá-las só para fazer ficção. A vida de um escritor original tem que ser baseada em fatos absolutamente reais. É por isso que estou aqui, nesta madrugada impressionante, escandalosa, dançando no enluarado coração da zona sul do meu Amor.



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